BREVE HISTÓRICO:
O Grupo Bagaceira é uma companhia de teatro de Fortaleza, Ceará, formada pelos artistas Débora Ingrid, Isabella Cavalcanti, Rafael Martins, Ricardo Tabosa, Tatiana Amorim e Yuri Yamamoto. Através de espetáculos autorais, vem construindo uma linguagem cênica peculiar. Misturando referências plurais de forma inusitada, o Bagaceira conseguiu associar suas provocações conceituais a uma troca potente com a plateia, conquistando, assim, respeito de público e crítica.
Desde o surgimento, em 2000, o grupo mantém uma intensa produção, construindo desse modo um repertório diversificado (espetáculos para adultos, para crianças, para palco ou rua), com peças que se mantêm em atividade por diversos anos. Sediado em Fortaleza, na Casa da Esquina (sede que o grupo mantém desde o ano de 2007), o Bagaceira divide sua agenda de apresentações, ensaios e demais compromissos com o tempo para a livre criação, de onde podem surgir novas ideias, textos, cenas e até mesmo projetos em outras áreas, como o audiovisual, ultrapassando a fronteira entre o teatro e outras linguagens artísticas.
São muitas as conquistas durante a jornada: reconhecimento nacional pela pesquisa autoral; participação nas principais programações de artes cênicas do país; apresentações também no exterior; consistência artística em espetáculos que têm duração de anos no repertório e que marcaram a cena local e nacional, como “Lesados”, “O Realejo”, “Meire Love”, “INTERIOR”, “Fishman”, dentre outras; e até mesmo a incursão em outra linguagem, o cinema, com o premiado longa-metragem “Inferninho”, parceria do Bagaceira com as produtoras Marrevolto e Tardo Filmes.
Atualmente, o grupo prepara a criação de seu novo espetáculo, comemorativo de 25 anos, em parceria com Marcio Abreu, tutor de pesquisa desenvolvida pelo Bagaceira no Laboratório de Teatro da Escola Porto Iracema das Artes.
PESQUISA DO GRUPO:
O Grupo Bagaceira é reconhecido por sua pesquisa voltada à experimentação visual e dramatúrgica. No que tange ao fazer artístico, há um importante ponto de convergência entre os integrantes do grupo: todos são atores. Além disso, cada um possui suas próprias inclinações e vocações específicas, o que permite que exerçam outras funções na criação das peças.
Desde o início, o Bagaceira se destacou por uma estética visual marcante, que, nos anos iniciais, era muitas vezes inspirada em desenhos e HQs. Suas primeiras produções, de curta duração, revelavam um forte apelo pictórico e uma dramaturgia autoral igualmente experimental – elementos que levaram à construção de uma identidade artística singular.
Com o tempo, o grupo passou a produzir peças de longa duração, sem abandonar o caráter de experimentação de linguagem que definia seu trabalho. A pesquisa evoluiu para processos colaborativos, onde todos os integrantes participam ativamente da criação, desde a concepção da dramaturgia até os aspectos visuais e a direção. Essa prática colaborativa tornou-se central na metodologia de trabalho do grupo, que desenvolveu seus próprios dispositivos criativos ao longo dos anos.
Além de explorar diversas linguagens e formatos teatrais, o Bagaceira expandiu sua atuação para o cinema, mantendo a mesma abordagem autoral. Com sede na Casa da Esquina, em Fortaleza, o grupo segue em atividade continuada de pesquisa, mantendo um repertório ativo e preparando novos projetos, como o espetáculo comemorativo de seus 25 anos de existência.